terça-feira, 29 de junho de 2010

O ATERRO SANITÁRIO

ATERRO SANITÁRIO

A matéria orgânica contida nos resíduos urbanos sofre decomposição anaeróbica, gerando o biogás bruto. Para utilização desta fonte de energia, cuja combustão libera produtos não tóxicos e não poluentes, foram construídos sistemas de captação de depurações compressão, com uma capacidade nominal de produção de 400 m3/h de biogás purificado. A experiência adquirida durante a implantação e na pré-operação da Usina permitiu o desenvolvimento de novos tipos de poços de captação, de novas formas de selamento das bacias do aterro, e dos equipamentos nacionais adaptados para condições operacionais do sistema de depuração.

INSTALAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS

o local selecionado para implantação de aterros deve possuir características que permitam controlar os riscos de contaminação da água, do ar, e do solo;


ter localização que permita maior racionalização do transporte do lixo coletado em todo município;


ser dotado de amplitude e topografia dominante que possibilite sua utilização por período razoavelmente longo, a fim de amortizar os investimentos necessários à implantação do aterro sanitário;


deve dispor de facilidade e possibilidade de múltiplos acessos;


ser, de preferência, local de baixo valor de aquisição, mas que conte com sistemas de serviços públicos próximas, tais como rede elétrica, de água e de telefone;


ser suficientemente afastado de zonas urbanas, a fim de poupar a população do desconforto visual e de riscos à saúde pública, conservando, no entanto, relativa proximidade dos centros de coleta de lixo;


ser suficientemente afastado de poços e pontos de captação de água destinadas ao abastecimento público e não situar-se em áreas destinadas à proteção de mananciais;


devem, ainda, ser considerado as medidas de proteção ambiental e a lei do uso do solo, além dos possíveis impedimentos sanitários, econômico e políticos, que possam eventualmente ocorrer na escolha da área para afins de aterro sanitário;


deve o terreno ser selecionado, preferencialmente, em áreas que necessitam recuperação, a exemplo de terrenos erodidos, considerando-se também os fatores relativos a oportunidade de desapropriação e facilidade de aquisição.


PLANEJAMENTO


a execução de sondagens em pontos do terreno para identificação do tipo de solo disponível conhecido do nível do lençol de água, do qual depende a definição da cota de início de operação do aterro sanitário, que poderá ser igual ou superior a três metros acima do nível desse lençol de água ;


levantamento topográfico do terreno (planimétrico e altimétrico) visando a definição do projeto, do método ou técnica de aterragem a ser adotada;


volume de lixo domiciliar e do lixo público (de varrição e de capina) atualmente cortado;


fornecimento do número de veículos de coleta, indicando marca, tipo e capacidade dos mesmos;


fornecimento de dados sobre população urbana do município.


CRITÉRIO PARA OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO


a execução de drenagem de águas pluviais em forma de valetas, com declividade superior igual 2% para as laterais do terreno, a fim de desviar da área de operação as águas pluviais que podem provocar transtornos operacionais e o aumento de produção do líquido percolado;


a drenagem do chorume (líquido de cor negra e odor desagradável, de elevado potencial poluidor, originado das enzimas expelidas das bactérias de decomposição do lixo) que deverá ser feita através de drenos horizontais executados com auxílio de retro-escavadeira e se constituem de uma vala de aproximadamente 60 x 60 cm, enchida com brita n° 3 ou 4 até a altura de 45 cm e recoberta com uma camada de material sintético ou capim seco;


a drenagem de biogás, que poderá ser executada através chaminés verticais de brita, constituídas progressivamente concominante com execução do próprio aterro, equidistante de 30 a 40 m;


a execução desses drenos deverá ser realizada com auxílio de tubos de aço de espessura 1/8" , diâmetro de 35 cm e de 300 cm de comprimento, colocados verticalmente no aterro desde sua cota de início de operação e enchidos com brita n°4 ou 3;


à medida que às camadas de lixo venham se sucedendo em volta do tubo, esses devem ser progressivamente içados pelo trator, através de alças dispostas em sua extremidade superior, deixando a massa de lixo a "chaminé" de brita, caminho preferencial de percolação de gás através do lixo em seu movimento ascendente;


deverá ser dotado um trator de cateiras com lâmina para empurrar e compactar o lixo, cobri-lo com terra, abrir valas, manter os acessos em condições de uso e executar cortes para a retirada da terra, que será utilizada como material de cobertura;


a compactação de lixo e da cobertura com terra deve se desenvolver com o trator operando de baixo para cima, em plano inclinado, repetindo a operação de 3 a 5 vezes sobre a camada de lixo;


o material de cobertura deve ser retirado por escavação antecipada na própria frente de trabalho ou em local indicado no projeto específico;


a altura das camadas de lixo compactado deverá variar de 0,60 m a 1,50 m de cobertura com terra de 15 a 30 cm;


a cobertura final do aterro poderá ser de aproximadamente 60 cm de terra compactada, com declividade uniforme da superfície de1 a 2, para permitir o escoamento das águas pluviais;


as várias camadas de lixo/terra compactadas vão se sucedendo até atingir a cota final prevista de projeto.


TÉCNICAS DE IMPLANTAÇÃO DOS ATERROS

Técnica da trincheira: após a escavação da trincheira com dimensões adequadas à operação dos equipamentos utilizados no aterramento, o lixo é depositado e confinado em um dos extremos da trincheira, em camadas sucessivas de células de 2 a 4 m de altura. No fim do dia o lixo será coberto com material escavado da trincheira, quando a trincheira estiver cheia, novas camadas de células poderão ser superpostas, escoradas por diques de contenção construídos com terra anteriormente escavada da trincheira.

Técnica da rampa: após a terraplanagem da área, compacta-se o lixo de baixo para cima junto a uma rampa e cobre-se o lixo com terra. As camadas de lixo poderão ser superpostas para um melhor aproveitamento da área, desde que as camadas interiores estejam bem compactadas.

Técnica da área: é utilizada em locais onde a topografia é bastante apropriada ao recebimento do lixo sobre a superfície, sem alteração de sua configuração natural. O lixo é descarregado, disposto, compactado e coberto

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