terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pragas Agrícolas e Controle Biológico





O que são os transgênicos?
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.
Pode-se, com essa tecnologia, inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante. Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos. Devido à pressão de grupos ambientalistas e da população, os governos europeus proibiram sua comercialização e seu cultivo (quase 80% dos europeus não querem consumir transgênicos).As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-las ou passá-las adiante.Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a única opção para a compra de grãos não transgênicos.São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.Ainda não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente e há sérios indícios de que eles sejam prejudiciais. Os próprios médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros.Os produtos contendo transgênicos que estão nas prateleiras de alguns supermercados não são rotulados para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha.

Fonte:http://www.esplar.org.br/publicacoes/trasngenicos.htm
O que são os pesticidas?
Os pesticidas são, na sua maioria, substâncias químicas utilizadas para proteger as culturas das diferentes pragas (insectos, fungos, larvas e ervas daninhas) e doenças. Estes produtos são diferentes consoante a espécie a que se destinam e os alvos que pretendem atingir. Deste modo, existem, entre outros, insecticidas, moluscicidas, herbicidas e fungicidas.
Os pesticidas deveriam ser produtos selectivos, ou seja, deveriam atingir os alvos (as pragas e as doenças) e deixar as culturas ilesas. Mas, na realidade, a maioria dos pesticidas não o são, atingindo as próprias culturas, além de terem efeitos persistentes nos sistemas biológicos.
Fonte:http://www.deco.proteste.pt/modo-de-producao-dos-alimentos/o-que-sao-os-pesticidas-s379401.htm

Pragas: Gafanhotos

O gafanhoto é considerado uma das piores pragas da agricultura brasileira. Pois pode chegar a causar danos em áreas muito grande, as áreas de plantio é um de seus habitat favoritos. Além de gregário, já que só anda em bandos, esse inseto é capaz de comer o correspondente a seu peso por dia se alimentam desde gramíneas e pastagens até roupas e móveis e, por esse motivo, não é à toa que o governo brasileiro gasta anualmente cerca de um milhão de dólares em inseticidas químicos para controlar o gafanhoto.

Nome popular: Gafanhoto do Deserto Nome científico: Schistocerca gregária
Estes insetos reúnem-se em grande número e comem todas as plantações que estão pela frente. Encontrados na África e na Ásia ele podem viajar muitos quilômetros.
Após o acasalamento a fêmea põe os ovos em um local quente e arenoso, os ovos são colocados em uma espécie de cartucho em forma de lingüiça contendo até 100 ovos. Após depositar os ovos no buraco ela tampa o mesmo com uma espécie de espuma produzida pelo abdômen, esta espuma endurece protegendo-os e impedindo que eles fiquem secos. Com cerca de 10 dias os filhotes saem do ovo e são chamados de ninfas, são perfeitas miniaturas de gafanhotos só faltando as asas. O filhote tem mandíbulas forte e começa a se alimentar devorando plantas logo que eclode do ovo.

Nome popular: Gafanhoto Nome científico: Tropidacris collaris
Este gafanhoto está presente em praticamente todos os ambientes, em toda a América tropical. Se alimenta de folhas por isso é considerado uma praga para a agricultura.
A fêmea após o acasalamento distende o abdômen e o enterra no solo onde coloca os ovos.
Esta espécie é considerada um dos maiores gafanhotos do mundo, chegando a medir 10 centímetros. Não é do tipo que aterroriza os agricultores, mas pelo apetite que tem e pelo seu tamanho uma média de 10 gafanhotos deasta uma mangueira em pouco tempo.
Fonte:http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/garfanhoto.htm
Lagarta das folhas
Agraulis. v. vanillae:
São borboletas alaranjadas de 60 mm de envergadura com manchas pretas esparsas na asa anterior e uma faixa preta na asa posterior ao longo da margem externa, com áreas mais claras. Colocam os ovos isoladamente nas folhas largas, sendo que apos 3 dias eclodem as lagartas, que tem o corpo recoberto de espinhos, coloração preta com pontuações amarelas e uma faixa de cada lado do corpo também amarelada. Seu ciclo no verão é de aproximadamente 27 dias.
Fonte:http://www.insectaagbiologicos.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9&Itemid=13
Lagarta-rosca
Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767)
Descrição e biologia. Os adultos são mariposas com 35 mm de envergadura cujas asas anteriores são marrons com algumas manchas pretas, e as posteriores, semitransparentes. Esse inseto apresenta grande capacidade de postura, sendo que uma fêmea coloca em media 1000 ovos. Os ovos, de coloração branca, são colocados nas folhas e as lagartas são de coloração pardo-acinzentada escura, podendo atingir 45 mm no seu máximo desenvolvimento. Essas lagartas tem hábitos noturnos, e durante o dia ficam enroladas, abrigadas no solo. Esse hábito de se enrolar é que·deu origem ao nome vulgar "lagarta-rosca". A duração da fase larval é de 30 dias em média, findos os quais a lagarta se transforma em pupa no solo, permanecendo nesse estagio por 15 dias, quando emerge o. adulto.
Prejuízos. As lagartas cortam as plantas rente ao solo. Cada uma pode destruir até 4 plantas com 10 cm de altura. Quando ocorrem grandes infestações, os tubérculos também podem ser danificados
Curuquerê
Alabama argillacea (Hueb., 1818)
Descrição e biologia. É uma mariposa marrom-avermelhada com duas manchas circulares escuras na parte central das asas anteriores, a qual mede aproximadamente 30 cm de envergadura. A época do aparecimento do curuquerê é de janeiro a abril; entretanto, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiânia pode aparecer antes. A fêmea desse inseto coloca mais de 500 ovos, depositados sob as folhas geralmente ao anoitecer. Os ovos são muito pequenos, de coloração esverdeada, dando-se a eclosão em 3 a 5 dias. As lagartas recém-eclodidas alimentam-se a principio do parênquima das folhas ate completarem a primeira ecdise. A seguir, passam para a face dorsal das folhas, devorando grandes áreas, notando-se faixas irregulares ao longo das nervuras principais, dada a voracidade de seu ataque . As lagartas podem passar para outras folhas e para outras plantas, até atingirem seu desenvolvimento, que leva de 14 a 21 dias. Decorrido esse período, apresentam coloração verde-escura, com varias listras longitudinais no dorso, e medem cerca de 40 mm de comprimento. A fase larval apresenta cinco ecdises. As lagartas são do tipo "mede-palmo" e apresentam muitas pontuações na cabeça. Completado o período larval, transformam-se em pupas nos bordos das folhas - que elas dobram prendendo-os por meio de fios de seda, permanecendo 6 a 8 dias nessa fase, até passarem para a fase adulta. As infestações pesadas alteram a coloração das lagartas, tornando-as mais escuras. Essa diversidade da ao agricultor uma idéia do grau de infestação da praga.
Prejuízos. Atacam o limbo das folhas do algodoeiro, devorando-as quase totalmente, podendo atacar também as nervuras maiores e pecíolos, concorrendo geralmente para a redução da produção. Uma lagarta pode consumir, em media, 66 cm2 de uma folha de algodão, causando ate 30% de prejuízos quando não controlada. Quando o ataque ocorre por ocasião da abertura das maças, provocam sua. maturação forçada, diminuindo a resistência das fibras. . . Embora a colheita seja facilitada pelo ataque dessa praga, os prejuízos descritos mostram claramente a necessidade de controle. Observação: Esporadicamente, em anos secos, pode ocorrer uma outra espécie, Trichoplusia ni (Hubner, 1802), que também se alimenta das folhas do algodoeiro e é vulgarmente chamada de falsa-medideira. Ao contrario do curuquerê, que prefere destruir as partes de cima das plantas, essa lagarta tem preferência por folhas da parte inferior.
Lagarta-da-soja
Anticarsia gemmatalis Hueb., 1818 -
Descrição e biologia. A. gemmatalis: O adulto e uma mariposa de coloração pardo-acinzentada. Em repouso, as asas anteriores cobrem o corpo, notando-se perfeitamente uma linha que a divide ao meio e que continua na asa posterior. Mede 40 mm de envergadura. Durante o dia, essas mariposas podem ser encontradas em locais sombreados na base das plantas. Os ovos, de coloração verde, são colocados isoladamente na pagina inferior das folhas. Dentro de cinco dias, eclodem as lagartas, que se alimentam das folhas. Crescem rapidamente e podem atingir ate 30 mm de comprimento. São de coloração variável de verde, pardo-avermelhada, e ate preta, com 5 listras brancas longitudinais no corpo. Possuem quatro pares de falsas pernas, e basta tocar na planta para que todas as lagartas caiam no chão. São muito ativas e dotadas de grande agilidade. Nos instares iniciais comportam-se como mede-palmo. A transformação em pupa ocorre no solo, a pouca profundidade, e apos uma semana emerge o adulto.
Prejuízos. As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando pequenas manchas claras; a medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas, podendo danificar ate as hastes mais finas. A. gemmatalis, consome cerca de 90 cm2 de folhas para completar seu desenvolvimento.
Broca-da-cana-de-açúcar
Diatraea saccharalis (Fabr.,1794)
Descrição e biologia. É a principal praga da cana, sendo provavelmente originaria da América Central e do Sul. O adulto da broca-da-cana é uma mariposa com as asas anteriores de coloração amarelo-palha, com alguns desenhos pardacentos e as asas posteriores esbranquiçadas e com 25 mm de envergadura. Apos 0 acasalamento, a fêmea f'az a postura nas folhas da cana, de preferência na face dorsal. 0 numero de ovos em cada.postura e variável de 5 a 50, sendo essa postura imbricada. Assemelhando-se a um segmento de couro de cobra ou escama de peixe. A eclosão dá-se em 4 a 9 dias. As lagartas recém-nascidas alimentam-se, no inicio, do parênquima das folhas, convergindo, a seguir, para a bainha; depois da primeira ecdise, penetram pela parte mais mole do colmo e, perfurando-o, abrem galerias de baixo para cima. Essas galerias podem ser de duas formas: longitudinais, na maioria dos casos, e, as vezes, transversais. Ao atingirem seu completo desenvolvimento, em media aos 40 dias, medem cerca de 22 a 25 mm de comprimento, sendo de' coloração amarelo-pálida e cabeça marrom. Fazem .então um orifício para 0 exterior e, fechando-o com fios de seda e serragem, passam a pupa, de coloração castanha. Ficam nesse estagio por' 9 a 14 dias, quando emerge o adulto, que sai pelo orifício feito anteriormente pela lagarta. 0 ciclo evolutivo completo e de 53 a 60 dias, e, em nosso meio, podem dar ate quatro gerações anuais em casos excepcionais ate cinco - dependendo das condições climáticas. Na ultima geração, ha.um alongamento do ciclo, ficando a lagarta no interior do colmo por' 5 a 6 meses. O numero de gerações é assim distribuído: em outubro-novembro, após a emergência dos adultos, estes procuram as canas recém-nascidas e, efetuando a postura, dão a primeira geração. A segunda geração verifica-se entre dezembro e fevereiro; a terceira efetua-se entre fevereiro e abril, e em maio e junho temos a quarta geração, que se prolonga por 5 a 6 meses. Essas gerações podem desenvolver-se tanto nos colmos da cana como nos colmos do milho.
Prejuízos. As lagartas causam prejuízo direto pela abertura de galerias, que ocasionam perda de peso da cana e provocam a morte das gemas, causando falhas na germinação. Quando a broca faz galerias circulares (transversais, seccionando o colmo, elas provocam 0 tombamento da cana pelo vento. Nas canas novas, a broca produz o secamento dos ponteiros, conhecido por “coração morto”. Enraizamento aéreo e brotações laterais podem também ocorrer devido ao ataque da praga.Os prejuízos indiretos são consideráveis, uma vez que através dos orifícios e galerias penetram fungos que causam a podridão vermelha do colmo, podendo abranger toda a região compreendida entre as diversas galerias. Os fungos causadores da podridão vermelha são Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme, que invertem a sacarose, diminuindo a pureza do caldo e dando menor rendimento em açúcar e álcool.No caso da cana destinada a produção de álcool, os microorganismos contaminam o caldo e concorrem com as leveduras no processo de fermentação alcoólica.Resultados de diversos autores, incluindo os trabalhos pioneiros do Prof. Dr. Domingos Gallo na ESALQ/USP, seguidos pelos trabalhos do Planalsucar (hoje UFSCar) e Copersucar, mostram que para cada 1% de intensidade de infestação da praga, ocorrem prejuízos de 0,25% de açúcar, 0,20% de álcool e 0,77% de peso (Copersucar). Os prejuízos são maiores a cana planta.





terça-feira, 21 de setembro de 2010

Raças e etnia,cultura,lugar e a sua multiculturalidade

O autor inicia o texto apontando as variações nos discursos popular e político sobre os conceitos de raça e etnia. Ele refere-se à iniciativa da UNESCO com as pesquisas sobre relações raciais como uma forma de evitar as conseqüências políticas nocivas do uso incorreto do termo raça. Assim, o conceito utilizado pelos biólogos indica que “as chamadas raças da humanidade eram estatisticamente apenas grupos distinguíveis”não sendo essa uma justificativa plausível para as diferenças políticas entre os indivíduos, nem para a explicação das diferenças comportamentais. A resposta encontrada pelos sociólogos empenhados na pesquisa da UNESCO foi dada de três maneiras: 1) Os problemas raciais passaram a ser denominados problemas étnicos; 2) o reconhecimento de que há diferenças raciais e de que estas atuam no estabelecimento de desigualdades políticas; 3) o termo “situações de relações raciais” é usado para indicar situações marcadas pelo racismo. Rex diz que essa primeira tentativa de resposta conduzia às vezes à interpretação dos problemas raciais não como conflito, mas como fenômenos de diferença. O fato de reconhecer que as diferenças fenotípicas podem ser utilizadas como forma de distribuição desigual de direitos impede que se veja como essas diferenças atuam em contextos distintos. O autor afirma ter adotado a terceira alternativa em trabalhos anteriores, dado que ela inclui no mesmo grupo situações marcadas por graves conflitos, exploração, opressão e discriminação, baseadas ou não em indicadores fenotípicos.

Cultura
É comum dizermos que uma pessoa não possui cultura quando ela não tem contato com a leitura, artes, história, música, etc. Se compararmos um professor universitário com um indivíduo que não sabe ler nem escrever, a maior parte das pessoas chegaria à conclusão de que o professor é “cheio de cultura” e o outro, desprovido dela. Mas, afinal, o que é cultura? Para o senso comum, cultura possui um sentido de erudição, uma instrução vasta e variada adquirida por meio de diversos mecanismos, principalmente o estudo. Quantas vezes já ouvimos os jargões “O povo não tem cultura”, “O povo não sabe o que é boa música”, “O povo não tem educação”, etc.? De fato, esta é uma concepção arbitrária e equivocada a respeito do que realmente significa o termo “cultura”. Não podemos dizer que um índio que não tem contato com livros, nem com música clássica, por exemplo, não possui cultura. Onde ficam seus costumes, tradições, sua língua? O conceito de cultura é bastante complexo. Em uma visão antropológica, podemos o definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc.

Multiculturalidade


O multiculturalismo é o reconhecimento das diferenças, da individualidade de cada um. Daí então surge a confusão: se o discurso é pela igualdade de direitos, falar em diferenças parece uma contradição. Mas não é bem assim. A igualdade de que se fala é igualdade perante a lei, é igualdade relativa aos direitos e deveres. As diferenças às quais o multiculturalismo se refere são diferenças de valores, de costumes etc, posto que se trata de indivíduos de raças diferentes entre si.
No Brasil, o convívio multicultural não deveria representar uma dificuldade, afinal, a sociedade brasileira resulta da mistura de raças – negra, branca, índia – cada uma com seus costumes, seus valores, seu modo de vida, e da adaptação dessas culturas umas às outras, numa “quase reciprocidade cultural”. Dessa mistura é que surge um indivíduo que não é branco nem índio, que tampouco é negro, mas que é simplesmente brasileiro. Filhos desse hibridismo e tendo como característica marcante o fato de abrigar diversas culturas, nós, brasileiros, deveríamos lidar facilmente com as diferenças. Mas não é exatamente isso o que ocorre.
Sendo as culturas produto de determinados contextos sociais, se determinada cultura é posta em contato com outra, necessariamente, sob pena de ser sufocada, uma delas se adaptará à outra. Tal exigência de adaptação às necessidades sociais não é especificidade do mundo globalizado. Historicamente tem se dado este confronto necessário entre culturas diferentes. Adaptar-se é, enfim, sobreviver. A adaptação das culturas é algo próprio de cada momento, uma vez que a sociedade se transforma conforme se constrói a História. Cada sociedade busca para si aquilo de que necessita em dado momento. Assim, se determinada cultura não lhe serve, então, deverá adaptar-se ou desaparecerá.
As sociedades contemporâneas, nas quais é preciso diferenciação dos indivíduos para que se identifiquem enquanto seres humanos e enquanto membros de determinado contexto social, e, sobretudo, diante das possibilidades postas pela globalização, o conflito de culturas é inevitável e necessário. A globalização cada vez mais aproxima grupos de culturas diferentes. Assim, a diversidade cultural passa a ser alvo de intensos debates. Um grande desafio frente colocado por essa realidade é que se pretende o igual, mas ao mesmo tempo, exige-se o diferente.
Sejam quais forem as exigências do mundo globalizado, atualmente se afirma a certeza do necessário convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. Para tanto, é preciso que se reconheça e se respeite as diferenças próprias de cada indivíduo. O reconhecimento da diferença é ponto de partida para que se possa conviver em harmonia, não com os iguais, já que igualdade só deve existir do ponto de vista legal, mas do ponto de vista humano, social, o que nos interessa é realmente ser diferentes.