terça-feira, 27 de julho de 2010

Copa no BRASIL



Dezessete estádios brasileiros foram pré-selecionados para a Copa de 2014. Dos 17, apenas 12 serão escolhidos para os jogos oficiais do Mundial.

Os integrantes do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 visitaram os 17 estádios e produziram um relatório de avaliação. As análises serão entregues ao comitê executivo da Fifa em Zurique, Suiça, para a indicação dos 12 projetos escolhidos.

Dezoito cidades brasileiras se candidataram para receber as partidas da Copa. Com a desistência de Maceió, restaram 17 concorrentes. Cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte já estão garantidas no Mundial.

As candidatas apresentam um projeto ao comitê organizador que inclui todas as obras consideradas essenciais para sediarem os jogos da Copa - entre elas a do estádio. Boa parte das arenas apresentadas para a Fifa precisam apenas de reformas. Outras, no entanto, deverão ser construídas. As candidatas aguardam a definição da entidade para darem início às obras.

A Fifa, no entanto, decidiu adiar o anúncio da escolha das cidades-sede. De acordo com a entidade, a divulgação, que seria feita dia 20 de março, ocorrerá apenas em 30 de maio. Algumas cidades candidatas estavam aguardando a definição da entidade para deslanchar os investimentos que pretendem superar suas deficiências de infraestrutura.

Com o adiamento, esses investimentos ficam paralisados. “Não podemos esquecer que já perdemos o ano de 2008, quando poderiam ter sido contratados os estudos e projetos essenciais à definição das obras necessárias para suprir as deficiências. Em 2009, continuamos no mesmo caminho e o adiamento só vai prejudicar o país”, afirma o engenheiro José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia).

As cidades escolhidas devem iniciar as obras em janeiro de 2010 e concluí-las até dezembro de 2012.

África diversidade e realizaçoes



Ficou à margem da compreensão nas bases do pensamento ocidental, como se a reflexão entre Homem e Cultura fosse seu atributo exclusivo, e como se Natureza e Cultura fossem fatores antagônicos. E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também, os europeus estavam em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do desenvolvimento humano e da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, corroborando com essa distorção. Por isso, a história da África, pelo menos antes do contato com o mundo ocidental, em particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a organização dominante adotada pelas sociedades ocidentais. Normalmente fica no esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe uma África anterior, a que se convencionou chamar África tradicional, diversa e independente, com suas particularidades sociais, econômicas e culturais. As sociedades ocidentais, assim chamadas por oposição às não-ocidentais (não-européias), se estruturaram fundamentalmente sob o modo de produção capitalista. Além disso, o modo de produção dominante (não existe apenas um) numa sociedade pode nos dizer muito sobre a vida dessa sociedade, mas certamente não comporta explicações de todas as dimensões de como os homens que a constituem compreendem sua vida e modelam sua existência. A degeneração da imagem das sociedades africanas, de suas ciências, e de seus produtos é resultado do projeto do Capitalismo, que difundiu a idéia de que o continente africano é tórrido e cheio de tribos perdidas na História e na Civilização. É resultado também do etnocentrismo das ciências européias do século XIX. É necessário, pois, ver de que História e de que Civilização se trata. E do ponto de vista histórico-econômico, o imperialismo colonial na África é meio e produto do Capital, uma das grandes invenções que vem desde a era dos Descobrimentos reforçada ainda mais pela consolidação do Liberalismo. Isso pode determinar as diferenças entre a arte de um grupo e de outro, tendo-se em vista também o lugar e a época ou período em que o objeto estético-artístico era visto ou usado, de acordo com a sua função. Portanto, a primeira coisa a reter é que, na África, cada estátua, cada máscara, tinha uma função estabelecida, e não eram expostas em vitrines, nem em conjunto, nem separadamente, como vemos dos museus. Outra coisa deve ser lembrada: a arte africana é um termo criado por estrangeiros na interpretação da cultura material estética dos povos africanos tradicionais, diferente das artes plásticas da África contemporânea que se integram, como as nossas, brasileiras e atuais, no circuito internacional das exposições.
Paisagem e sociedade:
A África, por se tratar de um continente de clima tropical, salvo algumas regiões, recebe grande insolação, possui temperatura elevada devido à sua localização geográfica, pois está próxima à linha do Equador e do Trópico de Câncer e de Capricórnio. Essa é um dos continentes de maior biodiversidade do mundo, esse fato é proveniente da quantidade de energia (calor) que favorece o desenvolvimento de matéria orgânica gerada pela decomposição de plantas, se tornando propício à germinação de variadas espécies de vegetais, a partir daí habitam nessas plantas insetos e microorganismos que vão propagar a própria existência da flora, além de compor a cadeia alimentar, pois servem de alimentos para os animais maiores. No contexto social e, mais precisamente, cultural, o continente africano apresenta uma diversidade muito grande, pois conta com aproximadamente seiscentos povos e trezentas línguas distintas, além de uma infinidade de religiões nativas ou introduzidas. Os africanos têm uma forte ligação com os brasileiros, pois no período colonial os escravos vieram nos navios negreiros para trabalhar na produção do açúcar e mais tarde no café, contribuindo assim, para a consolidação da cultura no Brasil. O continente africano é regionalizado e/ou dividido em África Islâmica, situada ao norte, e a África Subsaariana.
SOCIEDADE AFRICANA :ALDEIA VILA E IMPERIO:
O desenvolvimento do capitalismo, ocorrido na Europa na segunda metade do século XIX, criou a necessidade de buscar novos mercados de investi-mentos para o capital excedente gerado na Europa, garantindo o escoamento da gigantesca produção industrial e o forne-cimento de matéria-prima.Existiam, ainda, outros fatores que tornavam a política colonialista atraente para os governos europeus: a possibili-dade de transferir colonos para as regiões conquistadas, resolvendo o problema de superpopulação na Europa. Além disso, a mão-de-obra barata das colônias interessava aos investidores, pois a classe trabalhadora européia, organizada em poderosos sindicatos e partidos políticos, tinha conseguido garantir bons salários e melhores condições de trabalho.A propaganda em favor do imperialismo, vital para o desenvolvimento do capitalismo, baseava-se em teorias pseu-docientíficas. Essas teorias, em geral, estabeleciam uma hierarquia entre os diferentes povos, classificados como “mais” ou “menos” civilizados. O primeiro lugar, naturalmente, cabia à socie-dade européia, modelo para o resto do mundo. Assim, a dominação de outros povos seria uma contribuição para o progresso da humanidade.A conquista da ÁsiaO comércio entre a Ásia e a Europa remontava ao império romano. A primeira era uma tradicional fornecedora de artigos de luxo ao continente europeu.Após a Revolução Industrial, essa relação se alterou. A expansão da indústria têxtil inglesa provocou a estagnação do artesanato asiático. Depois disso, a Ásia passou de vendedora a compradora dos pro-dutos europeus, especialmente os britânicos. Esse foi o primeiro passo para a conquista colonialista européia.A conquista da ÍndiaJá na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra iniciou a coloni-zação dessa região. Após conquis-tar o litoral, o governo inglês, auxi-liado pela Companhia das Índias Orientais, iniciou a investida para o interior. Valendo-se das rivalidades que dividiam os principais estados da Índia, a Inglaterra, ora aliando-se, ora dominando pela força, impôs sua autoridade sobre todos os reinos.Em 1857, estourou a revolta dos sipaios, última tentativa de resis-tência à conquista britânica, dura-mente reprimida pelo exército colonialista. Em 1876, a rainha Vitória, da Inglaterra, foi coroada imperatriz da Índia. O domínio britânico na Índia permaneceu inabalável até 1919.A ChinaAté a primeira metade do século XIX, o , comércio da China com o Ocidente era realizado quase que exclusivamente no porto de Hong-Kong. Os europeus nada tinham a vender aos chineses em troca de imensas quantidades de chá, seda e outras mercadorias chinesas.A situação começou a se modificar quando a Companhia das Índias Orientais passou a contrabandear ópio para a China. O ópio era produzido na Índia e na Birmânia, em grandes plantações exploradas pelos europeus, e seu tráfico para a China gerava e-normes lucros.O governo chinês apelou para o governo inglês, na tentativa de evitar o contrabando. Como não obtivesse resultados, tomou medidas mais enérgicas: em 1839, na cidade de Cantão, foram queimadas 20.000 caixas de ópio. A Inglaterra reagiu prontamente, declarando guerra à China.Vencido pelo poderio naval inglês, o governo chinês assinou o Tratado de Nanquim, em 1842. A Inglaterra anexou Hong-Kong ao seu império; cinco portos chineses foram abertos ao comércio inglês; e os cidadãos ingleses tornaram-se imunes às leis e à justiça chinesa.Depois dessa derrota, a China se transformou em alvo de outras potências imperialistas. Em fins do século XIX, Inglaterra, Alemanha, Japão, Estados Unidos, França e Itália dividiam entre si os lucros vindas da exploração chine-sa.Em 1851, estourava na China uma grande revolta popular, liderada pelo movimento Taiping, “a grande paz”. Essa revolta só foi debelada em 1864. Mas sua herança não se perdeu e, em 1901, outro movimento estourava na China: era a Revolta dos Boxers, assim conhecida porque seus integrantes utilizavam-se das artes marciais chinesas para atacar os europeus. Também foi duramente reprimida.As outras regiões da ÁsiaNa segunda metade do século XIX, o Sudeste asiático foi reduzido à condição de colônia francesa. Em 1859, após 57 anos de lutas, a França conseguiu dominar as cidades de Saigon e Tourane. Pouco tempo depois, valendo-se da rivalidade entre os governos do Camboja e do Sião, o império colonialista francês converteu o Camboja em seu protetorado (1863).Com o avanço das fronteiras colo-niais francesas para o oeste, a Inglaterra impôs sua autoridade à Birmânia (1886).Para garantir a supremacia britâni-ca sobre a Índia, a Inglaterra fo-mentou a formação de “estados intermediários”, independentes mas sob a proteção britânica, iso-lando as fronteiras do império colonial inglês das regiões disputadas por outras potências. Foi o caso cio Nepal (1816), do Butão (1865) e do principado de Sikkin (1890).A conquista da ÁfricaAté o início do século XIX, o interior da África era desconhecido para os europeus. Em meados desse século, com a divisão de quase todo o território asiático completada, os governos europeus voltaram seus interesses para o continente africano. Foram organizadas as primeiras missões religiosas e expedições exploradoras para esse continente.Em 1867, foram descobertas as jazidas de diamantes do Transvaal. Logo depois, importantes reservas de cobre foram encontradas no território da futura Rodésia. Iniciou-se então a partilha do território africano. Em troca de álcool ou algumas garrafas de gim, os chefes ou reis, induzidos pelos exploradores, cediam todo o seu território às sociedades anônimas.Atrás das companhias, vinha o governo, organizando a infra-estrutura para a exploração da colônia, preservando os direitos de exploração do território da concorrência estrangeira e submetido os nativos “rebeldes”. Assim, em menos de 20 anos, todo o território ao sul do Saara foi submetido ao colonialismo europeu.A partilhaA França foi um dos primeiros países a conquistar colônias na África. Em 1830, a Argélia foi ocupada com o auxilio da legião estrangeira, corpo expedicionário criado pelo governo francês e composto por criminosos, desertares, imigrados políticos e aventureiros. Em 1844, o Marrocos foi parcialmente subme-tido ao controle francês e, em 1854, foi a vez do Senegal. Partin-do desses pontos, a França avan-çou para o interior do continente, conquistando a Guiné, o Gabão, uma parte dos territórios do Congo e do Sudão. Em 1910, esses territórios formavam a África Ocidental Francesa.Na mesma época, Madagascar e a Tunísia foram incorporados ao império colonial francês, apesar da disputa com a Itália pela Tunísia.O projeto colonial inglês, definido na expressão “do Cairo ao Cabo”, era unificar numa única colônia todos os territórios compreendidos entre a colônia do Cabo (Sul da África) e o Egito (Norte da África).A construção do canal de Suez impulsionou a Inglaterra em dire-ção ao Egito, apesar da presença francesa na região.A colonização inglesa no Sul do continente africano foi iniciada por Cecil Rodhes, que explorava as reservas de ouro e diamantes encontradas nessa região. Em 1888, a companhia dirigida por Cecil Rodhes iniciou a conquista da Rodésia.Entre 1888 e 1891, o Quênia, a Somália e Uganda foram incorporados ao império britânico. Em 1899, os ingleses tornaram o Sudão da França e o Transvaal dos bôeres, população de origem holandesa que lá estava desde o século XVIII.Mas as pretensões coloniais ingle-sas esbarraram em um empecilho

MITO AFRICANO:

O BERÇO DO "AUSTRALOPITHECUS"
A figura de um pai protetor e poderoso também aparece entre os povos africanos. E, com respeito à sua cosmologia, numerosas lendas marcam a própria idiossincrasia das diferentes tribos. Todos os povoadores da África negra julgaram que a terra não tinha idade e que existia desde sempre. E, segundo opinião de muitos historiadores insuficientemente documentados, isto é, que baseavam mais os seus assertos e conclusões em fátuas declarações de eruditos pensadores do que no trabalho de pesquisa e estudo pessoais, se chegou a dizer que os africanos formam parte dos denominados "povos sem história". O qual quer dizer que não contribuíram para o desenvolvimento da humanidade, nem muito nem pouco; e que, entre os negros africanos foi desigual a sua evolução e, com certeza, nenhum criou uma cultura autóctone que o caracterize. No entanto, descobrimentos arqueológicos de grande importância -entre outros o do primeiro hominídeo, conhecido com o nome de "australopithecus", pois os seus restos foram achados, há pouco mais de meio século, concretamente no ano 1924, na zona austral do continente africano-, assim como o profundo estudo das inumeráveis mostras de arte rupestre que se encontram em toda a África, levaram a reconsiderar os errôneos critérios que se tinham até há muito pouco do continente negro.