terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os solos aparecem






INTEMPERISMO





Chamamos de agentes exógenos ou externos os elementos da natureza que realizam o trabalho de transformar as estruturas físicas e químicas das rochas e transportar, seja a curtas, médias ou longas distâncias, os fragmentos dessas rochas que eles são capazes de desgastar. Entre os principais agente exógenos ou externos temos as chuvas, os ventos, os rios, os mares e o gelo.





Eles são capazes de causar tanto o intemperismo quanto a erosão.










Mas qual é a diferença entre intemperismo e erosão?










Intemperismo correponde ao processo de alteração, ou seja, de transformação das estruturas físicas (através da desagregação), ou químicas (através da decomposição) das rochas da superfície terrestre. Já a erosão corresponde ao transporte dos fragmentos de rochas desgastadas, ou seja, o deslocamento de materiais intemperizados. Nesse texto dedicaremos algumas palavras para descrever os principais tipos de intemperismo, suas principais formas de ocorrência e seus agentes causadores.










Como ocorre o intemperismo?










O intemperismo ocorre essencialmente de duas formas, podendo a alteração das rochas ser de caráter físico ou químico. O intemperismo físico corresponde à alteração da estrutura física das rochas feita a partir de uma desagregação mecânica. Por exemplo: quando uma única rocha é dividida em duas partes, ela sofreu uma alteração física e não química pois as duas partes não tiveram sua composição química alterada pela simples quebra da rocha. Para que haja intemperismo químico é necessário que ocorra uma alteração da estrutura química da rocha. O intemperismo físico é típico de climas secos, sejam eles quentes ou frios. Já o intemperismo químico, cuja atuação é mais profunda e importante do que a do intemperismo físico, tem sua ocorrência em áreas úmidas e quentes.










Intemperismo Físico










Vejamos, então, os principais agentes que podem causar o intemperismo físico.










a) Variação de temperatura










A variação diária de temperatura (insolação) e a variação anual (estações do ano) atuam sobre as rochas provocando dilatação (pelo aquecimento ao longo do dia ou do verão) e contração (ao longo das noites ou do inverno). Essa dinâmica de dilatação e contração provoca a termoclastia, ou seja, a fragmentação ou desagregação das rochas pela variação de temperatura. Esse fenômeno é mais comum em climas secos (como os dos desertos) onde ocorre grande variação de temperatura diária e anual. Em alguns pontos do deserto do Saara, as temperaturas superam os 50 graus célcius durante o dia e caem drasticamente para níveis perto de zero grau à noite. O reflexo está na paisagem arenosa, fruto da fragmentação excessiva das rochas do local. Cabe destacar, ainda, que o comportamento dos diferentes minerais, que compõem uma mesma rocha e possuem coeficientes de dilatação distintos, é diferente provocando o "deslocamento relativo entre os cristais, rompendo a coesão inicial entre os grãos".










b) Alívio de pressões










Frequentemente alguns blocos rochosos de grande dimensão que estão posicionados em partes profundas da crosta (chamados de batólitos) e que encontram sobre si um grande volume de rochas que atingem a superfície (chamadas de rochas encaixantes) sofrem um processo de soerguimento. Nesse processo o material da rocha encaixante é erodido e seu peso imenso é retirado, pela erosão, de cima do batólito causando um grande alívio de pressão. Esse alívio faz surgir um conjunto de fendas mais ou menos paralelas à superfície na estrutura da rocha soerguida. Essa alteração (fendilhamento) é de caráter essencialmente físico sendo mais um exemplo de intemperismo. Outras rochas, que não são batólitos, também sofrem intemperismo por alívio de pressão, como ocorre com os gnaisses e os arenitos.










c) Crescimento de cristais










A existência de poros ou fendas nas rochas possibilita o acúmulo de água e de sais (cloretos, sulfatos, carbonatos...). Em regiões frias, o congelamento da água acumulada nas fendas das rochas aumenta seu volume em aproximadamente 9% exercendo forte pressão para o alargamento dessas fendas podendo causar aumento das fraturas e fragmentar as rochas (crioclastia). O acúmulo de cristais nessas fendas também provoca essa abertura. Os cristais podem expandir-se pelo aumento da temperatura.










d) Hidratação de minerais.










"A cristalização de sais dissolvidos nas águas de infiltração tem o mesmo efeito [que o crescimento de cristais*]. Com o passar do tempo, o crescimento desses minerais também causa expansão das fraturas e fragmentação das rochas". Ou seja, ressalta-se aqui o papel da absorção de umidade pelos minerais como agente físico causador de fraturas e, principalmente, esfoliações das rochas.e) Processos físico-biológicosA ação mecânica das raízes dos vegetais e de outros organismos também pode provocar a fratura ou a fragmentação das rochas. Quando, por exemplo, as raízes de uma árvore crescem na fenda de uma rocha, elas forçam a sua abertura gerando a desagregação dos blocos separados pela fenda.










Intemperismo Químico










Vejamos, agora, os principais agentes capazes de gerar o intemperismo químico.










a) Oxidação










Sua ocorrência é típica de "ambientes oxidantes" [2], ou seja, os mais úmidos. É mais comum nos íons Fe++ e no Fe+++. Sua evidência mais clara manifesta-se na coloração avermelhada e amarelada das rochas e dos solos gerados pela intemperização dessas rochas.










b) Redução










É o processo inverso à oxidação. O íon Fe++ mantém-se na forma estável. Ocorre preferencialmente em "ambientes redutores" [2], que também são bastante úmidos, saturados de água. O processo resulta em rochas e solos de coloração azualda, cinzenta ou esverdeada.










c) Hidratação










Esse processo ocorre a partir da entrada de moléculas de água na estrutura mineral, modificando-a e dando origem a um mineral diferente. Ocorre também em ambientes mais úmidos.










d) Hidrólise










Sendo as rochas constituídas basicamente por silicatos, quando elas entram em contato com a água, os silicatos sofrem hidrólise e dessa reação resulta uma solução alcalina. Em um feldspato potássico, por exemplo, o hidrogênio (H+) substitui por hidrólise o potássio (K+).










e) Atividade dos ácidos










Os ácidos facilitam a ocorrência do processo de hidrólise (em função do teor H+). Os principais ácidos ativos são o ácido carbônico, o ácido sulfúrico, os ácidos húmicos, etc.










f) Dissolução










A dissolução ocorre quando a água provoca a solubilização completa de um mineral. Esse processo é mais comum em terrenos formados por rochas calcárias, que são mais suscetíveis à dissolução completa.










g) Processos químico-biológicos










Derivam principalmente da liberação de substâncias e do aumento na acidez da água de infiltração, que resultam da ação de microorganismos, plantas e tecidos animais e vegetais. O solo é um ambiente rico em CO2 em função da oxidação da matéria orgânica e da respiração das plantas pelas raízes. Esse CO2 em contato com a água das chuvas diminui o pH dessas águas dando maior poder de ataque às rochas alterando-lhes a estrutura.

















A formação do solo




O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de agentes externos (como chuva, vento, umidade etc.) sobre restos minerais, porém enriquecidos com matéria orgânica.


Sem a presença de matéria orgânica não há a formação de solo, tratando-se somente de minerais não consolidados.


O solo pode ser compreendido como conseqüência da ação do tempo, dos vegetais e animais, do clima e da rocha. Estes fatores são chamados de agentes formadores do solo.


O tempo determina a maturidade do processo de formação do solo, dividindo os solos em jovens e maduros, dependendo da intensidade da atuação. Você sabe que as plantas não saem de seus lugares para procurar alimentos. Algumas substâncias que elas precisam são retiradas do solo. Então, dizemos que o solo é local rico em substâncias que as plantas precisam para viver. O solo também é formado pela decomposição das rochas que vulgarmente chamamos de pedras.




O uso do solo pelo homem




Há muito tempo, o homem tem considerado o solo como uma fonte de riqueza, pois é dele que retira a sua alimentação. Se voltarmos um pouco na história, veremos que, a princípios, os homens se contentavam em cultivar apenas os vegetais que lhes serviam de alimentos. Mas com o passar do tempo, começaram a plantar o linho e o cânhamo, vegetais que produzem fibras com os quais faziam os tecidos.As maquinas modificaram completamente o trabalho com a terra. Com a invenção dos tratores, dos arados e das máquinas elétricas de corte, o homem encontrou mais facilidade para plantar e desmatar.


O desgaste do solo




Erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõe o solo. Estes são transportados para as partes mais baixasdos relevos e em geral vão assorear cursos d água. A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério em todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema. Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente,mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixao solo exposto, então, a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.

Fonte:http://www.colegioweb.com.br/ciencias-infantil/a-formacao-do-solo.html

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