terça-feira, 4 de maio de 2010

Rotas de migrição

Após a Independência, em 1822, a imigração cresceu, mas os portugueses perderam o status de colonizadores e tornaram-se imigrantes comuns. No período colonial (1500-1822) entraram no Brasil aproximadamente 700.000 portugueses, e no período imigratório (1822-1960) aproximadamente 1,5 milhão, totalizando 2,2 milhões de imigrantes portugueses.

== Italianos ==

A imigração italiana no Brasil teve início no ano de 1875. Eram oriundos sobretudo do Norte da Itália (Vêneto, Lombardia, Emília-Romanha, etc), seguidas pelas regiões do Sul (Campânia, Calábria, etc). Imigraram inicialmente devido à pobreza na Itália, que logo se somaram às I e II Guerras Mundiais, perseguições políticas, etc. Chegaram em grande número até 1950, quando entraram aproximadamente 1,6 milhão de italianos no Brasil.

Inicialmente se dedicaram à colonização nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas a grande maioria foi trabalhar nas plantações de café no Sudeste (São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo). Com o início do século 20, muitos italianos rumaram para as cidades e se tornaram operários, comerciantes, etc.

== Espanhóis ==

A pobreza e o desemprego no campo foram os responsáveis pela imigração espanhola no Brasil. Começaram a chegar na década de 1880, sendo 75% com destino às fazendas de café em São Paulo. Imigraram em grande número para o Brasil até 1950, período em que entraram cerca de 700.000 espanhóis no país e eram principalmente oriundos da Galícia e Andaluzia.

No início do século 20 muitos espanhóis se dedicaram ao trabalho na indústria em São Paulo, onde grande parte dos operários eram espanhóis.

== Alemães ==

A imigração alemã no Brasil ocorreu no período de tempo entre 1824 e 1960, tendo entrado no país aproximadamente 260 mil alemães, sendo a maior parte na década de 1920, quando desembarcaram no Brasil 70 mil alemães. Eram das mais diversas parte da Alemanha, destacando-se as regiões de Hunsrück, Saxônia, Renânia, Holstein e Pomerânia. Concentraram-se sobretudo no Sul do Brasil, onde desde o início do século XIX foram criadas colônias alemães.

Os imigrantes recém-chegados da Alemanha recebiam lotes de terra e se dedicavam à agricultura. A imigração foi interrompida entre 1830 e 1844, devido os conflitos no Sul do Brasil. Aproximadamente cem mil alemães foram assentados em colônias agrícolas no Sul do Brasil durante o século XIX, todavia, nem todos se dedicaram à agricultura, também se dedicaram ao comércio nas cidades. Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina absorveram a maioria dos imigrantes alemães, embora sua presença se faça notar no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

O século XX viu crescer o número de judeus que, fugindo as perseguições nazistas, encontraram refúgio no Brasil.

== Japoneses ==

A imigração japonesa no Brasil teve início em 1908, quando os primeiros imigrantes desembarcaram no porto de Santos. Imigraram em grande número até 1940, quando entraram no Brasil cerca de 230.000 japoneses. Eram oriundos das províncias do extremo Sul e extremo Norte do Japão.

A imigração de japoneses inicialmente foi quase toda voltada para o fornecimento de mão-de-obra nas colheitas de café. Porém, a exploração, falta de adaptação e revoltas dos imigrantes japoneses fez o Brasil cancelar a imigração japonesa. Com o fim da I Guerra Mundial, formou-se um enorme fluxo de imigrantes japoneses partindo para o Brasil, em especial para São Paulo e Paraná, muitos dos quais rapidamente saíram do campo e rumaram para as cidades.

== Árabes ==

A imigração árabe no Brasil teve início no final do século XIX, quando o Imperador Dom Pedro II fez uma visita ao Líbano e estimulou a imigração de libaneses para o Brasil. Líbano e Síria foram atacados e dominados pela Turquia, fazendo com que muitos sírios-libaneses imigrassem para o Brasil, muito dos quais possuíam passaporte da Turquia, e eram muitas vezes confundidos com turcos quando chegavam ao Brasil. Até 1930, cerca de 100.000 árabes entraram no Brasil.

A partir do início do século XX a imigração árabe no Brasil cresceu rapidamente, concentrando-se nos grandes centros urbanos, onde se dedicavam sobretudo ao comércio. A maioria dos árabes no Brasil eram cristãos.

Outros

Outras correntes imigratórias recebidas pelo Brasil foram: Poloneses, Ucranianos e Russos, que se concentraram principalmente no Paraná; Austríacos, Belgas, Holandeses, Lituanos e Suíços no Sul; Chineses e Coreanos em São Paulo; entre outros

Os novos imigrantes

Embora já não receba a grande quantidade de imigrantes que entrara no país no início do século 20, o Brasil é ainda um destino de escolha de diversos grupos de imigrantes, principalmente da Ásia e dos vizinhos da América do Sul. A partir da década de 1970, um grande número de muçulmanos libaneses se refugiaram da guerra no Brasil. No mesmo período, deu-se início a imigração de sul-coreanos e chineses, especialmente para São Paulo onde se dedicaram à confecção de roupas. Desde meados da década de 1990, milhares de bolivianos têm entrado no Brasil, na maior parte de forma ilegal. Estima-se que mais de 200.000 bolivianos estejam vivendo ilegalmente na cidade de São Paulo, muitos deles sendo submetidos à jornadas de trabalho semi-escravas em fábricas de roupa.

A partir da década de 1980, devido aos problemas sociais, pela primeira vez na História do Brasil o país passou a mandar trabalhadores para o exterior. As maiores comunidades brasileiras estão nos Estados Unidos da América (750.000 brasileiros), no Paraguai (350.000), Japão (250.000), Itália (65.000), Portugal (65.000), Suíça (45.000) e Inglaterra (30.000).

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