terça-feira, 27 de abril de 2010


Impacto ambiental é todo efeito no meio ambiente causado pelas alterações e/ou atividades do ser humano. Conforme o tipo de intervenção, modificações produzidas e eventos posteriores, pode-se avaliar qualitativa e quantitativamente o impacto, classificando-o de caráter "positivo" ou "negativo", ecológico, social e/ou econômico.
Índice[esconder]
1 Aspectos jurídicos
2 Atividades com impacto ambiental
3 Referências
4 Ver também
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[editar] Aspectos jurídicos
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um dos instrumentos de avaliação de impacto ambiental, instituído no Brasil dentro da política nacional do meio ambiente, através da resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 001/86, de 23 de janeiro de 1986. Trata-se da execução, por equipe multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, por meio de métodos e técnicas de previsão dos impactos ambientais.
O estudo realiza-se sob orientação da autoridade ambiental responsável que, por meio de instruções técnicas específicas, ou termos de referência, indica a abrangência do estudo e os fatores ambientais a serem considerados detalhadamente. Tal estudo é essencial para se obter o licenciamento ambiental para o funcionamento de um empreendimento ou uma ação humana, como por exemplo, a instalação de indústria ou agricultura.
Todo projeto humano pode ser obrigado a realizar Estudos Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e apresentar o respectivo Estudo (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), os projetos de atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas de significativo potencial de degradação ou poluição, e as medidas mitigadoras (que em certos casos são obrigatórias). Nos casos mais complexos, que envolve muito espaço, muitos recursos, e pode atingir muitas pessoas, como na instalação de aeroportos ou hidrelétricas, o licenciamento ambiental pode necessitar de uma série de procedimentos específicos, inclusive da realização de audiência pública com os diversos segmentos da população interessada ou afetada futuramente pelo feito.
[editar] Atividades com impacto ambiental

A morte do Mar de Aral é considerado por muitos meios de comunicação e referência, como o pior impacto ambiental da história.[1][2][3][4][5]
Construção de rodovias;
Construção de Ferrovias;
Construção de Portos e terminais;
Construção de Aeroportos;
Instalação de oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgoto;
Instalação de linhas de transmissão de energia elétrica (acima de 230 kV);
Obras hidráulicas para fins de saneamento, drenagem, irrigação, retificação de curso d'água, transposição de bacias, canais de navegação, barragens hidrelétricas, diques;
Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão, gás natural);
Extração de minério;
Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
Instalação de usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária (acima de 10 MW), inclusive a instalação de parques eólicos;
Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEI);
Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
Projetos urbanísticos (acima de 100 ha), ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental;
Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.
Resumo Impacto ambiental é qualquer ação d homem na natureza.Existem dois tipos de impactos ambientais: ° Positivos- algo benéfico para a natureza; ° Negativos- algo maléfico para a natureza.

Qualquer alteração significativa no meio ambiente - em um ou mais de seus componentes- provocada pela ação humana.
"Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:(I) a saúde, a segurança e o bem-estar da população;(II) as atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais" "Qualquer alteração no sistema ambiental físico, químico, biológico, cultural e sócio-econômico que possa ser atribuída a atividades humanas relativas às alternativas em estudo para satisfazer as necessidades de um projeto".(Canter,1977)
"Impacto ambiental pode ser visto como parte de uma relação de causa e efeito. Do ponto de vista analítico, o impacto ambiental pode ser considerado como a diferença entre as condições ambientais que existiriam com a implantação de um projeto proposto e as condições ambientais que existiriam sem essa ação.
"Uma alteração (ambiental) pode ser natural ou induzida pelo homem, um efeito é uma alteração induzida pelo homem e um impacto inclui um julgamento do valor da significância de um efei.
"Impacto ambiental é a estimativa ou o julgamento do significado e do valor do efeito ambiental para os receptores natural, sócio-econômico e humano. Efeito ambiental é a alteração mensurável da produtividade dos sistemas naturais e da qualidade ambiental, resultante de uma atividade econômica.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Relevo Terrestre

relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta. O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes:os agentes internos e externos.
endógenos: vulcanismo e tectonismo;
exógenos: intemperismo e a antropicidade (o fator humano).
Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, e é resultado da ação de forças endógenas, ou exógenas. Encontramos formas diversas de relevo: montanhas, planaltos, planícies, depressões, cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões, vales, escarpas, abismos, etc.
A exemplo do Brasil os relevos são; costas litorâneas e planícies constituídas por pequenas elevações que variam entre 0 e 200 metros que se estendem nas regiões sedimentares dos grandes rios e suas bacias. Na América do Sul, encontramos relevos na região do Amazonas e do Rio da Prata; na América do Norte nas bacias do Rio Mississipi e na região dos Grandes Lagos. A parte central é composta por planaltos que chegam a atingir 1.500 metros acima do nivel do mar. Já as grandes cadeias de montanhas se prolongam em uma coluna dorsal pela parte ocidental das américas, ao sul os Andes, Sierra Madre Ocidental e Oriental, ao norte as Montanhas Rochosas e Montes Apalaches.
Os Agentes Modeladores ou Modificadores do Relevo
As irregularidades da superfície da Terra constituem o relevo industrial . Entre os principais conjuntos fisiográficos ou diferentes aspectos apresentados pelo relevo terrestre podemos distinguir quatro tipos principais: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
O relevo terrestre é o resultado da ação da erosão que agiu no decorrer de milhões de anos. Essas forças erosivas são chamadas agentes do relevo. Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são denominados agentes modeladores internos(endogenos), como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a litosfera, isto é, de fora para dentro da superfície, temos os agentes modeladores externos (exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação glaciar), mares (ação marítimica), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica), animais e vegetais (ação biológica)e o próprio homem (ação antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta...
[editar] Intemperismo
Meteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou decomposição.
A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito, um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em solo.
As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura entre os dias e as noites acabam por partir as rochas.
Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva,rios).
O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas. Ação das águas das chuvas
Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de erosão.
[editar] Agentes Internos
[editar] Tectonismo
Ver artigo principal: Orogênese
Ver artigo principal: Epirogênese
Os movimentos tectônicos resultam de pressões, vindas do interior da Terra e que agem na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os blocos continentais sofrem levantamentos e baixamentos. Os movimentos resultantes de pressão vertical são chamados epirogenéticos. Quando as pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão origem às montanhas. Esses movimentos ocasionados por pressão horizontal são chamados orogenéticos. Também denominado diastrofismo (distorção), caracteriza-se por movimentos lentos e prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo deformações nas rochas. Esse movimento podem ocorrer na forma vertical (epirogênese) ou na horizontal (orogênese).
A Epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade,causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental. São movimentos lentos que não podem ser observados de forma direta,pois requerem milhares de anos para que ocorram. A orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis,surgem os dobramentos,que dão origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre outras,originam-se dos movimentos orogênicos.
[editar] Vulcanismo
Chama-se vulcanismo as diversas formas pelas quais o magma do interior da Terra chega até a superfície. Os materiais expelidos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e fumarolas). Esses materiais acumulam-se num depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faz com que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem. O relevo vulcânico caracteriza-se pela rapidez com que se forma e com que pode ser destruído. Localização dos vulcões: A maioria dos vulcões da Terra está concentrada em duas áreas principais: Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da superfície.
Outras localizações: América Central, Antilhas, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo e Cáucaso.
[editar] Sísmos ou terremotos
Um terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos convectivos que ocorrem na astenosfera. Esses movimentos forçam as placas tectonicas da litosfera (camada rochosa) movendo-as, como resultado as placas podem se chocarem (formando bordas convergentes), se separarem (formando bordas divergentes) ou deslizarem (formando bordas transformantes). O terremoto é resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando, desta maneira, uma vibração.Essa vibração propaga-se através das rochas pelas ondas sísmicas. O ponto do interior da Terra onde é gerado o sismo é designado por hipocentro ou foco enquanto que o epicentro é o ponto da superfície terrestre. Os sismógrafos são os aparelhos que detectam e medem as ondas sísmicas. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Mercali Modificada, que mede os danos causados pelo sismo.
[editar] Agentes Externos:'
Os agentes externos modificadores do relevo são: as águas do mar, dos rios e das chuvas, o gelo, o vento e o homem, causando a Erosão Marinha, Erosão Fluvial, Erosão Pluvial, Erosão Glacial, Erosão Eólia e Erosão Antrópica.
[editar] As geleiras
Em algumas zonas de clima muito frio, a neve não derrete durante o verão. O peso das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba por transformá-la em gelo. Quando essa enorme massa de gelo se desloca, corre como um poderoso rio de gelo. As geleiras realizam um trabalho de erosão nas rochas que as cercam, formando vales em forma de U. Os sedimentos transportados pelas geleiras são chamados morenas ou morainas.
[editar] Rios, os grandes construtores'
A união de várias torrentes acaba formando os rios, que são correntes de água com leito definido e vazão regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do ano. Essas mudanças devem-se tanto a estiagens prolongadas quanto a cheias excepcionais, às vezes com efeitos catastróficos sobre as populações e os campos.
O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto maior for sua vazão e a inclinação de seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso. Em seu curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e modificação do relevo:
Erosão, ou seja, escavação dos leitos.
Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões.
Sedimentação, quando há a formação de planícies e deltas. Podemos dividir o caminho que o rio percorre da nascente até a foz em três porções que podem ser comparadas com as três fases da vida humana: alto curso, equipara-se à juventude; o curso médio equivale à maturidade; e o baixo curso, à velhice.
Alto Curso O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de sedimentos é muito intenso. A força das águas escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o rio circula por elas, formando gargantas ou desfiladeiros.
Curso médio No curso médio do rio, a inclinação se suaviza e as águas ficam mais tranqüilas. Sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os sedimentos que não pode mais transportar.
Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros. A sedimentação é um processo muito importante para a humanidade. Culturas antigas, como as do Egito, Mesopotâmia e Índia, são relacionadas à fertilidade dos sedimentos depositados por rios.
Baixo Curso O curso inferior do rio corresponde às zonas próximas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados.
A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no segundo, formam-se os deltas.
[editar] Abrasão Marinha'
A ação das águas do mar
O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É um agente erosivo, que desgasta as costas em um trabalho incessante de destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares e oceanos desgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos: as ondas, as marés e as correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de suas águas traz sedimentos que são depositados nos litorais, realizando um trabalho de acumulação marinha.
A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o conseqüente afastamento do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. Algumas falésias são cristalinas, como as de Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do Brasil, encontramos falésias formadas por rochas sedimentares denominadas barreiras.
Ação das ondas
Quando a costa é formada por rochas de diferentes durezas, formam-se reentrâncias (baías ou enseadas) e saliências no lado escarpado, de acordo com a resistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da água do mar pode transformar uma saliência rochosa do continente em uma ilhota costeira
Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta pode unir-se ao continente, formando então um tômbolo. Caso um banco de areia se deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada, poderá formar uma restinga e uma lagoa litorânea
As praias são depósitos de areia ou cascalho que se originam nas áreas abrigadas da costa, onde as correntes litorâneas exercem menos força. Quando o depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, formam-se as barras ou bancos de areia.
[editar] Ação dos Ventos
O vento é o agente com menor poder erosivo, pois só pode mover partículas pequenas e próximas do solo. Ainda assim, ele transporta partículas finas a centenas de quilômetros de seu lugar de origem. A ação erosiva do vento, que atinge o ponto máximo nas zonas desérticas, secas e de vegetação escassa, também contribui para a destruição do relevo da Terra. O vento desprende as partículas soltas das rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de areia. A erosão eólica tem dois mecanismos diferentes: A deflação, que é a ação direta do vento sobre as rochas, retirando delas as partículas soltas.
A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão, desgastando não só as rochas como as próprias partículas.
O trabalho de movimentação eólica carrega a areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam freqüentemente de lugar.
As dunas são elevações móveis de areia, em forma de montes. Em uma duna podem ser distinguidas duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento, pela qual a areia é empurrada, e uma área de declive abrupto ou sotavento, por onde a areia rola ao cair
As dunas deslocam-se a velocidades que podem ultrapassar 15 metros por ano. Quando o avanço das dunas ameaça as populações humanas ou a plantação, colocam-se obstáculos, tais como estacas, muros ou arbustos, para detê-las.
Em 3000 a.C., surgem as primeiras cidades como forma de povoamento diferenciado. O tamanho da cidade e o tipo de trabalho dos seus habitantes a tornou destacada entre as demais povoações, pois não exerciam somente funções agrícolas, mas também funções administrativas, artesanais, comerciais e de segurança.
Em 2500 a. C., surge na região da Mesopotâmia, atual Iraque, as cidades da Babilônia e Ur nas proximidades do Rio Tigre e do Rio Eufrates. Esta proximidade entre cidade e rio se deu devido à necessidade dos habitantes em conseguir terras irrigadas e férteis para o plantio e abastecimento da população. Nesta época, as cidades eram pequenas e pouco habitadas, mas rapidamente cresceram e atingiram um grande número de habitantes.
Na Idade Média ocorreram grandes alterações no sistema político e econômico das cidades, denominadas feudalismo. O feudalismo iniciou um processo de regressão nas cidades, pois já que era uma política de auto-sustentação, os habitantes voltavam ao campo para produzirem seu próprio sustento, o que reduziu o comércio de troca de mercadorias e a importância da urbanização, e resultou em abandono de cidades já existentes e das que estavam em processo de construção.
No início do século XIII, as cidades foram novamente povoadas, graças à retomada do comércio e a decadência do feudalismo. No século XIV, novas cidades foram erguidas com grande intensidade. O capitalismo começou a nascer ainda com frágeis traços, mas provocando firmes e fortes alterações na política, na cultura e na sociedade.
Durante o capitalismo as cidades se tornaram cada vez mais importantes, já que nelas se concentravam o comércio que objetivava a troca de mercadorias e o acúmulo de capitais. Essa troca de mercadorias nada mais era do que compra e venda, pois neste período não mais trocavam mercadorias por outras necessárias, essas eram vendidas a preços maiores que o considerado justo para a obtenção do lucro. As cidades também retomaram o poder, que nelas voltou a centralizar e, por este fato, outras novas cidades surgiam.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, houve um grande impulso na urbanização das cidades. Estas desempenhavam a função de trabalhar na administração política, na religião, na segurança, no turismo, no portuário, na indústria e em outras áreas. No final deste século se destacaram as cidades industriais e as que nelas eram ligadas, gerando maior crescimento populacional e de capital.
Um grande exemplo de crescimento relacionado ao capitalismo industrial é a cidade de Londres que chegou a ser mais populosa que Bristol, a segunda maior cidade da época, numa proporção de 1250 000 x 30 000.
No final do século XIX, as cidades já alcançavam seu ápice populacional, que já se faziam conhecidas como metrópoles e megalópoles. As designadas metrópoles eram aquelas que atingiram seu limite de crescimento e que passavam a ser interligadas a outras cidades, enquanto as designadas megalópoles eram aquelas que eram interligadas a duas ou mais metrópoles.
Por Gabriela CabralEquipe Brasil Escola

terça-feira, 13 de abril de 2010

Trabalho Dos Arqueologos

Muitas vezes, são estranhos sinais, gravados ou pintados nas pedras, outras vezes, misturados com a terra surgem pedaços de panelas de barro, conchas, ossos de animais ou mesmo, esqueletos humanos. Podem ser ainda, fragmentos de pedra que parecem iguais a todas as outras pedras mas estas, são especiais, foi o homem que em um passado remoto as lascou, realizando um trabalho cujos vestígios poderão ser encontrados um dia a partir de um trabalho minucioso e delicado, realizado pelo arqueólogo, que vai expor, através de escavações arqueológicas, uma parte dos acontecimentos que ocorreram ali, onde aqueles vestígios foram encontrados.

fragmentos de cerâmica, as pinturas e gravações feitas nas paredes das grutas, dos abrigos, das lajes. Aos poucos, eles irão recompondo uma parte de nossa história ainda desconhecida, uma parte de nossa pré-história.

O trabalho de escavação é lento, feito com colheres de pedreiro, pincéis, espátulas, onde tudo é observado, medido, anotado, descrito, desenhado e fotografado. Muitas vezes, juntamente com os objetos e os restos de alimentação, são encontrados ossos humanos muito antigos, testemunho das pessoas que viviam naquele lugar, naquela época remota.


Quem são essas pessoas? Nossos ancestrais, os primeiros brasileiros.
E assim, nosso passado vai sendo recuperado pelos arqueólogos. Estes objetos carregam uma lembrança, que, aos poucos, vai sendo revelada ao pesquisador que tenta compreender, para nos contar a história que não está escrita, a nossa pré-história.
Que tal continuar sua visita e saber um pouco mais sobre arqueologia? Clique aqui , para continuar.
Arqueologia em Conexão Nº 2 - Divulgação
Vamos conversar sobre arqueologia...
Afinal, o que é Arqueologia?
A palavra Arqueologia vem do grego ARCHAÎOS (Antigo) + LOGOS (Conhecimento, estudo), ou seja, o estudo do que é antigo. Com o desenvolvimento das ciências humanas, o conceito atual de arqueologia tornou-se mais amplo, podendo ser entendida como sendo a disciplina que estuda as sociedades atuais ou passadas através da cultura material, ou seja, através dos objetos e vestígios materiais, da sociedade estudada.
A arqueologia tem por objetivo a reconstituição das culturas humanas, a partir de teorias, métodos e técnicas específicas. Assim, é a cultura humana que tentamos reconstituir e interpretar.

Mas, afinal, o que é cultura?
São muitas as definições de cultura mas podemos dizer, que é um sistema de regras sociais que envolve conhecimento, costumes, crenças, artes, leis e quaisquer outras capacidades e hábitos que fazem parte de uma sociedade. Ela é transmitida de uma geração para a outra.
Devemos ter sempre em mente, que não existe apenas uma cultura, mas sim culturas. Cada povo, cada nação tem a sua cultura, que deve ser compreendida e respeitada por cada um de nós.

Foto: Valter Sanchez. Índias Karajá (Grupo Macro-Jê)
Agora, vamos pensar na Pré-história. Naquela época, o homem já tinha cultura. Na verdade, é ela quem nos diferencia dos outros animais. Mas, isto é assunto para uma próxima vez.
Que tal fazer uma pesquisa, e procurar outras definições de cultura?
Arqueologia em Conexão Nº 3 - Divulgação
E o que é a Pré-história?
É o período mais antigo da História da humanidade. Este termo foi usado pela primeira vez no século XVIIII para designar a história do desenvolvimento do homem antes do aparecimento da escrita. Ela começa quando surgem os primeiros hominídeos, que seriam os ancestrais do homem moderno.
Não há uma data precisa para este começo, mas pode-se dizer que estaria ao redor de 4.2 milhões de anos, com o registro do mais antigo ancestral do homem, Australopithecus ramidus, descoberto em 1995 pelos pesquisadores Meave Leakey e Alan Walker em escavações na África.
Porém, se pensarmos na capacidade de transformar um objeto, adequando-o as suas necessidades de modo a utilizá-lo como uma ferramenta, então teremos uma datação ao redor de 2.5 milhão de anos, que é quando surgem as primeiras pedras lascadas intencionalmente, ou seja, as primeiras manifestações da cultura material.
Como vimos anteriormente, a arqueologia estuda os objetos e vestígios materiais deixados pelo homem; assim, podemos dizer que a arqueologia pré-histórica se inicia neste momento, com o registro das primeiras ferramentas de pedra descobertas em escavações na Etiópia e no Quênia.
Ao longo desse período, o homem evolui fisicamente e obtém sua maior conquista que é o desenvolvimento da cultura. Ele se espalha pelos diferentes continentes e se adapta aos mais diversos ambientes, desenvolve um sistema de crenças e regras sociais. Uma série de transformações vão ocorrendo ao longo desses 4 milhões de anos. Nos últimos 10 mil anos o homem vai aprendendo transformar a natureza, começa a plantar e a criar animais, deixa de ser nômade, isto é, de se deslocar em busca de alimentos, se estabiliza.
A cerca de 3.000 anos no Oriente Próximo, os Sumérios desenvolvem a escrita cuneiforme, dando início ao que se convencionou chamar de período histórico.
Mas, deixemos esta história para uma próxima vez.
Quem sabe dizer qual é o esqueleto de Australopithecus mais completo encontrado até agora?

American Museum of Natural History
Acertou quem respondeu....... Lucy, que tem cerca de 3.2 milhões de anos e foi descoberto em Hadar na Etiópia em 1974. Este esqueleto é atribuído a um indivíduo adulto, fêmea, da espécie Australopithecus afarensis e que já caminhava sobre as duas pernas, ou seja, já era bípede.